SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
07 | DEPRESSÃO LABORAL
A depressão laboral: alguns contributos para a sua compreensão
Nuno Álvaro Caneca Murcho
14 | BURNOUT
Análise bibliomérica de publicações sobre “síndrome de burnout” na base scopus
Diego Prata; Romeu Neto; Elias Júnior; Virgínia Gonçalves
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS
23 | DOENÇAS PROFISSIONAIS
Investigação e análise de doenças profissionais, na perspetiva da higiene do trabalho
Natividade Gomes Augusto
36 | LIDERANÇA
O papel do líder na cultura de segurança
Camila Bounassar
42 | HOP - HUMAN OPERATIONAL PERFORMANCE
Nosso destino é acertar!
José L. Lopes Alves
QUE FUTURO …
51 | UBERIZAÇÃO
O meu chefe é um algoritmo: reflexões preliminares sobre a uberização do trabalho
João Areosa
58 | TELETRABALHO
Teletrabalho e saúde mental em tempos de pandemia
Fátima Macedo
66 | BEHAVIOR BASED LEAN
Gestão de melhoria contínua baseado em comportamentos - BBL (Behavior Based Lean)
Natividade G. Augusto; César Petrónio Augusto
O novo formato de trabalho uberizado surgiu durante a última década e ainda está sem regulamentação ou legislação. Aos trabalhadores é vendida a ilusão de executar as suas tarefas com total autonomia, sem horários rígidos e nem ordens hierárquicas. No entanto, esta sedução é falaciosa, porque os trabalhadores estão sujeitos a um forte controlo no desempenho das suas tarefas, desde a cadência de pedidos, passando pelo controlo tecnológico (por exemplo, na sua localização e velocidade de entregas), até à avaliação de desempenho feita pelos clientes. A uberização do trabalho está a gerar nómadas urbanos que sobrevivem através de um subemprego e que estão despossuídos de direitos fundamentais de cidadania e dignidade. É urgente repensar esta nova forma de trabalho!
WSSC#8.2021.On-Line _ WORKSHOP SEGURANÇA E SAÚDE COMPORTAMENTAL
DISCIPLINA, ADAPTAÇÃO E RESILIÊNCIA
12 de outubro de 2021
Presença de Portugal, Brasil, Cabo-Verde e Angola
Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são uma das grandes ameaças para a saúde e segurança dos trabalhadores nos dias de hoje. Foi realizado um estudo empírico numa empresa de construção civil e obras públicas, utilizando o método FPSICO. Este setor é caracterizado por alto índice de instabilidade, alta rotatividade, elevado grau de flexibilidade, precárias condições de trabalho, pressões de trabalho com prazos apertados, horários alargados, deslocações da sua residência habitual, entre outros. Os resultados apontam que os fatores de exposição muito elevada são: carga de trabalho, participação/supervisão e relações de apoio, e, suporte social. Os fatores que apresentaram melhores resultados ao nível da exposição são: tempo de trabalho, autonomia, exigências psicológicas, e, variedade e conteúdo. As medidas preventivas apresentadas são no âmbito da “gestão de topo” e no âmbito “organizacional”.
SUMÁRIO
SEGURANÇA COMPORTAMENTAL NA SOCIEDADE
07 | TECNOLOGIAS
Utilização excessiva do smartphone: implicações para os indivíduos pela não recuperação.
Sónia P. Gonçalves
SEGURANÇA COMPORTAMENTAL NO TRABALHO
12 | AVIAÇÃO
Fator humano – complementaridade e independência entre Safety I & Safety II resulta em Safety III.
Natividade Gomes Augusto
23 | CONSTRUÇÃO CIVIL
Riscos psicossociais: estudo de caso no setor da construção.
João Sequeira & João Areosa
CONSIDERAÇÕES TEÓRICO-PRÁTICAS
36 | CONFIABILIDADE HUMANA E COMPORTAMENTOS
Ergonomia cognitiva: confiabilidade humana e comportamentos seguros. Reflexão sobre o programa de capacitação em ergonomia cognitiva com foco na confiabilidade humana.
Claudia Olläy & Flavio Kanazawa
46 | GAMIFICAÇÃO
Gamificação como técnica de aprendizagem em segurança no trabalho.
Cláudio César Pontes
53 | EMERGÊNCIA E COMPORTAMENTOS
Gestão da emergência e mudança comportamental. Avaliação de exercícios; Implementação de medidas corretivas.
José Goulão Marques
A definição de risco apresenta oscilações mediante os diversos contextos sociais. Apesar das diferenças, parece existir um entendimento sobre a distinção entre possibilidade e realidade. Qualquer análise de riscos é sempre parcial e subjetiva, assim, nunca sabemos com rigor se uma análise de riscos é fiável o suficiente. A visão estritamente probabilística tende a não contemplar as abordagens e dimensões sociais do risco. A inclusão das dimensões sociais e das perceções de riscos nas avaliações de riscos constitui um avanço metodológico, que atualmente interliga as dimensões técnica-quantitativa e social-qualitativa.
Um dos fatores passível de contribuir para o aumento do número de acidentes é a diferença existente entre trabalho prescrito e o trabalho real. Há uma variedade de situações vividas pelos trabalhadores que não estão previstas nas normas e regras de segurança das empresas. No decorrer das suas atividades laborais alguns trabalhadores preferem efetuar “desvios” ao trabalho prescrito, quando sabem antecipadamente que esses “erros” não se traduzem em cenários ou consequências perigosas para a organização ou para si próprios. Na investigação e análise de acidentes, regra geral, não são consideradas as raízes das causas, nem os diversos fatores que possibilitaram gerar o alinhamento simultâneo ou sequencial de condições que permitiram chegar até ao acidente.
Os riscos globais tornaram‑se, metaforicamente, mais democráticos, considerando que podem afectar toda a população, independentemente da classe social, género ou região do globo onde se habita.