Edição 13

Pouco se sabe, porém, muito se atribui à questão do erro humano ou fator humano relacionado aos acidentes de trabalho. Nesse contexto, a implementação do “programa de capacitação em ergonomia cognitiva com foco na confiabilidade humana” é uma das possibilidades para fazer diferença na mudança de comportamento. Esta pesquisa é do tipo revisão sistemática de literatura sob a perspectiva de estudo explicativa. O estudo evidenciou que este programa é viável e favorável à empresa que deseja prevenir e/ou diminuir os acidentes de trabalho por erro humano.

A abordagem Safety I baseada pela gestão de eventos que dão errado, tornou-se desadequada nas organizações atuais, mais complexas, interdependentes e de difícil decomposição. Surge a abordagem Safety II, que gere a segurança através da avaliação, investigação e análise de eventos que dão certo. A gestão do fator humano em Safety I é apresentado como um risco, entretanto, em Safety II é visto como um recurso necessário para a resiliência do sistema. A autora realizou um estudo exploratório, durante o ano de 2019, no setor da aviação, num contexto organizacional sociotécnico onde são aplicadas as abordagens Safety I & Safety II. Entre outras conclusões, a variabilidade não esperada no exercício da atividade é uma realidade, e, as decisões e os ajustes de sucesso realizados pelos trabalhadores para dar resposta a essa variabilidade também. Assim, a autora defende que há necessidade e possibilidade de um equilíbrio complementar, embora independente, entre a abordagem Safety I & Safety II, que ela designa por Safety III. No fim do artigo, são identificadas algumas práticas que concretizam este equilíbrio.

Atualmente, as mais diversas áreas, incluindo a segurança no trabalho, estão adotando a tendência de engajar pessoas por meio da lógica dos jogos, a chamada – gamificação. Gamificação é um termo aportuguesado adaptado do inglês (do original gamification) que consiste no uso das mecânicas dos jogos para despertar o engajamento de um público específico. Há elementos essenciais que devem de ser considerados e erros que não devem ser cometidos, no planeamento e implementação desta técnica. A essência da gamificação é trazer a participação e o conhecimento do colaborador para o centro da atividade, deixando de ser um mero elemento passivo e assumindo o protagonismo que lhe cabe. Bons resultados são encontrados entre o “casamento” da gamificação e tecnologia.

Este artigo surge com o objetivo de apresentar a metodologia de gestão de emergência, assim como, momentos onde surge a possibilidade de promoção de mudança comportamental. São indicados requisitos de treino, tanto ao nível do conhecimento como das metodologias de quem treina, da qualidade de como se treina, dos critérios de avaliação para validação interna e externa do treino e, finalmente, a capacidade de integrar medidas corretivas, as vertidas das lições aprendidas. É também apresentada uma integração da atividade de avaliação sob a condução de exercícios, fruto de um adequado planeamento que originará recomendações para melhoria.

Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são uma das grandes ameaças para a saúde e segurança dos trabalhadores nos dias de hoje. Foi realizado um estudo empírico numa empresa de construção civil e obras públicas, utilizando o método FPSICO. Este setor é caracterizado por alto índice de instabilidade, alta rotatividade, elevado grau de flexibilidade, precárias condições de trabalho, pressões de trabalho com prazos apertados, horários alargados, deslocações da sua residência habitual, entre outros. Os resultados apontam que os fatores de exposição muito elevada são: carga de trabalho, participação/supervisão e relações de apoio, e, suporte social. Os fatores que apresentaram melhores resultados ao nível da exposição são: tempo de trabalho, autonomia, exigências psicológicas, e, variedade e conteúdo. As medidas preventivas apresentadas são no âmbito da “gestão de topo” e no âmbito “organizacional”.

 

Os smartphones são atualmente equipamentos que fazem parte do nosso dia-a-dia. A sua utilização está generalizada a nível global com valores de penetração no mercado superiores a 90%. Apesar de algumas vantagens, há também desvantagens associadas a riscos para a saúde, incluindo situações de ansiedade, depressão, isolamento e burnout; riscos ao nível interpessoal como o aumento de isolamento e conflitos familiares, entre outros. Em termos de recuperação não há receitas, cada pessoa deve identificar de que forma pode recuperar e agir de acordo com essa análise.

Segurança Comportamental

A revista Segurança Comportamental é uma revista técnico-científica, com carácter independente, sendo a única revista em Portugal especializada em comportamentos de segurança.

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