Edição 12
Em Portugal, registaram-se mais de 2,1 milhões de idosos em 2017, o que equivale a cerca de 21% da população total no país. Segundo Euromonitor International os portugueses constituem a quinta população mais envelhecida do mundo. O processo de envelhecimento traz consigo, habitualmente, complicações diversas na saúde das pessoas, pelo que urge a importância crescente da prevenção e de novos comportamentos e hábitos de vida. Tendo este grupo de risco tendencialmente uma redução de mobilidade, uma das maiores preocupações, seja em casa ou na rua, são as quedas. São aqui apresentadas as medidas relacionadas não só com a mudança de comportamentos e hábitos do indivíduo tanto a nível físico, psicológico e social, mas também, nas condições habitacionais.
Após um acidente existem muito esforço para determinar as causas raiz e recomendações respetivas, no entanto, não é raro que a ocorrência se repita. O drama se torna real quando precisamos escolher as recomendações, pois cada uma deve contribuir com sua “parcela de probabilidade”. Se não analisarmos profundamente o desvio comportamental, o tipo de erro cometido e sobretudo os fatores humanos envolvidos, a chance de sucesso é muito pequena. Este artigo contém uma sugestão de um método de análise, por abordar profundamente os fatores humanos envolvidos. São apresentados alguns conceitos e definições importantes que são fundamentais para a metodologia: erros internos e externos, fatores humanos e o modelo ABC e ABC reverso.
Conhecer de forma aprofundada o acidente ou o problema, estimular o seu debate, utilizando ferramentas de melhoria contínua, resulta na identificação de causas raiz e na aposta certeira das ações de prevenção. Ter uma visão Lean sobre o problema, conduz à melhoria, promove a diminuição de desperdício, mais produtividade e entrega de mais valor para o cliente interno e externo. Segurança, melhoria contínua e logística, são aqui explanadas com um caso real de investigação de um acidente de trabalho ocorrido numa área de operações de logística.
Este estudo tem como objetivo geral ajudar a desenvolver uma metodologia de análise de acidentes comum e rigorosa, que possa ser usada pelos técnicos de segurança, de forma a poder encontrar as causas raízes reais dessas ocorrências indesejáveis. Foi possível observar que não existe uma visão clara e consistente na utilização dos modelos teóricos de análise de acidentes, por parte dos técnicos de segurança no trabalho. Os modelos sistémico e epidemiológico parecem ser os modelos de análise de acidente, que colocam as questões mais importantes para responder de forma mais adequada às análises dos acidentes.
Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de estresse e relações com coping e resiliência, fazendo a relação com dados epidemiológicos da população. Observou-se ausência de correlações entre determinado horário de trabalho e estresse. A maior parte da população apresenta nível de estresse ou de estresse elevado. Existe correlação negativa entre estresse e resiliência, indicando que quanto menor a resiliência maior o estresse, e correlação positiva entre resiliência e estratégias funcionais em coping. Existe correlação entre estratégias disfuncionais e estresse. Entre as estratégias disfuncionais predomina o fator “fuga e esquiva”.
A definição de risco apresenta oscilações mediante os diversos contextos sociais. Apesar das diferenças, parece existir um entendimento sobre a distinção entre possibilidade e realidade. Qualquer análise de riscos é sempre parcial e subjetiva, assim, nunca sabemos com rigor se uma análise de riscos é fiável o suficiente. A visão estritamente probabilística tende a não contemplar as abordagens e dimensões sociais do risco. A inclusão das dimensões sociais e das perceções de riscos nas avaliações de riscos constitui um avanço metodológico, que atualmente interliga as dimensões técnica-quantitativa e social-qualitativa.
A metodologia 6S é uma abordagem sistemática de organização do trabalho e de goodhousekeeping é aplicada à produção de produtos e serviços de qualidade, sempre de forma segura. Para potencializar os resultados da metodologia 6S é obrigatório que haja a integração dos conceitos, princípios e ferramentas BBS. Foca primeiramente as condições e organização de trabalho e numa etapa seguinte o fator humano. Para cada regra deve haver pelos menos um comportamento alvo definido, no entanto, a quantidade de comportamentos alvo a monitorizar deve ser bem menor do que a quantidade de regras a implementar. O sistema de informação, comunicação, instrução e coaching deve acompanhar a implementação destas metodologias.