Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de estresse e relações com coping e resiliência, fazendo a relação com dados epidemiológicos da população. Observou-se ausência de correlações entre determinado horário de trabalho e estresse. A maior parte da população apresenta nível de estresse ou de estresse elevado. Existe correlação negativa entre estresse e resiliência, indicando que quanto menor a resiliência maior o estresse, e correlação positiva entre resiliência e estratégias funcionais em coping. Existe correlação entre estratégias disfuncionais e estresse. Entre as estratégias disfuncionais predomina o fator “fuga e esquiva”.
Conhecer o stress ocupacional é saber actuar sobre ele! A intervenção poderá ser realizada a três níveis: primária, secundária e terciária.
Falta acção a Portugal, embora se preocupe com os novos riscos emergentes! Portugal ocupa o 1.º lugar dos países EU-27 ao nível da preocupação com as questões do stress no trabalho e violência ou ameaça no trabalho e o 2.º lugar ao nível da intimidação ou assédio no trabalho, mas encontra-se em 26.º lugar ao nível da % de procedimentos implementados.
O stress intenso e de duração prolongada influencia a resposta imunitária, ou seja, processos mentais podem interferir com processos biológicos. Temos exemplos disso, a reactivação de vírus latentes (Vírus Herpes simplex), o atraso do processo de cicatrização de feridas, ou mesmo a evolução de determinadas doenças, entre outros.
A vivência das experiências traumáticas, pode constituir uma ameaça para a vida, segurança e bem-estar do próprio bombeiro.
Os profissionais de saúde de oncologia apresentam maior percepção de vulnerabilidade ao stress. Por isso, desenvolvem um certo distanciamento, evitando envolver-se emocionalmente com os doentes. Os mecanismos de defesa que adoptam trazem benefícios para a organização, para eles próprios e para os doentes.
Embora a taxa de portugueses com stress, burnout e desordens emocionais seja alarmante, as experiências positivas no trabalho evidenciam efeitos directos na percepção de saúde e bem-estar. O programa Health Coaching tenta promover recursos pessoais, interpessoais e organizacionais.
SUMÁRIO 3
TRABALHO
CONSTRUÇÃO | 4
Gerir comportamentos para melhorar a segurança
Abel Pinto e Ana Cristina Martins
INDÚSTRIA | 8
Como reduzir a sinistralidade no trabalho numa agro-indústria? O exemplo de um caso real
César Augusto
SAÚDE | 12
Stress, Burnout e desordens emocionais em profissionais de saúde de oncologia
João Paulo Pereira, Joana Rodrigues, Maria João Cunha e Santiago Gascon
OUTROS SECTORES | 16
Ser bombeiro: implicações para a sua saúde
Dália Marcelino
GRANDE ENTREVISTA (Acesso gratuito)
Grande Entrevista com JOSÉ LUIS FORTE | 21
Inspector-Geral da Autoridade para as Condições de Trabalho
SOCIEDADE
FAMÍLIA | 19
A internet e a criança!
Paulo Zenida
ESCOLA | 26
Os ambientes virtuais de aprendizagem colaborativa na promoção da prevenção e segurança em contexto educativo
Orlando Queirós
SAÚDE | 28
A gripe sazonal: breve revisão sobre as causas, formas de transmissão, métodos para evitar o contágio e peso social da doença
Luís Mendonça Galaio e Ema Sacadura Leite
AMBIENTE | 30
Produção, segurança e ambiente
Paulo Granjo
ESTRADA | 32
O novo plano europeu de segurança rodoviária
Luís Miguel Pereira Farinha
CONSIDERAÇÕES TEÓRICO-PRÁTICAS
PREVENÇÃO DE RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO: COMPORTAMENTO E COMPETÊNCIAS DOS GESTORES | 34
João Aguiar Coelho
STRESS E IMUNIDADE: UMA VISÃO HOLÍSTICA PARA O INDIVÍDUO | 37
Ema Sacadura Leite, António de Sousa Uva e Luís Mendonça Galaio
A IMPORTÂNCIA DO GRUPO PARA O BEM-ESTAR NO TRABALHO: UM ESTUDO COM POLÍCIAS | 40
Sónia P. Gonçalves
INFLUÊNCIAS DAS CRENÇAS E ATITUDES RODOVIÁRIAS ENQUANTO DETERMINANTES DA SINISTRALIDADE | 42
António Surrador, Soraia Jamal, Petra Marques, Maria José Fonseca e Daniela Freixo
BREVES | 45