PEDRO VEIGA (Centro Nacional de Cibersegurança)
Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), professor no Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCCN), e ex-líder da extinta Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), diz à Revista Segurança Comportamental que a cibersegurança ainda é tratada de modo deficiente, a nível mundial, pela pouca cultura de segurança digital que existe. Portugal está alinhado com os outros indicadores europeus na área digital. Há que investir mais ao nível de cultura de segurança, desde o gestor de topo até aos utilizadores. O fator humano é crucial. Uma empresa que olha seriamente para a cibersegurança tem uma vantagem competitiva em relação a outras, quer na capacidade de ser resiliente no mundo digital, mas também tem vantagens económicas. O tema da segurança digital deve ser introduzido e tratado com profundidade nas unidades curriculares. Há também que trazer mais pessoas para esta área, em especial mais mulheres para a cibersegurança. E há áreas emergentes, como a Internet das Coisas, a tecnologia das blockchain ou da big data, que necessitam de muita I&D.