Este estudo tem como objetivo geral ajudar a desenvolver uma metodologia de análise de acidentes comum e rigorosa, que possa ser usada pelos técnicos de segurança, de forma a poder encontrar as causas raízes reais dessas ocorrências indesejáveis. Foi possível observar que não existe uma visão clara e consistente na utilização dos modelos teóricos de análise de acidentes, por parte dos técnicos de segurança no trabalho. Os modelos sistémico e epidemiológico parecem ser os modelos de análise de acidente, que colocam as questões mais importantes para responder de forma mais adequada às análises dos acidentes.
A definição de risco apresenta oscilações mediante os diversos contextos sociais. Apesar das diferenças, parece existir um entendimento sobre a distinção entre possibilidade e realidade. Qualquer análise de riscos é sempre parcial e subjetiva, assim, nunca sabemos com rigor se uma análise de riscos é fiável o suficiente. A visão estritamente probabilística tende a não contemplar as abordagens e dimensões sociais do risco. A inclusão das dimensões sociais e das perceções de riscos nas avaliações de riscos constitui um avanço metodológico, que atualmente interliga as dimensões técnica-quantitativa e social-qualitativa.
As consequências dos acidentes de trabalho não se resumem a danos físicos e monetários…Há sequelas para a saúde psicológica e vida social.
Em tempos de crise económica, os gestores e os técnicos têm de pensar que, de forma gratuita, podem corrigir os comportamentos de risco, e desta forma reduzir de forma esmagadora os números de acidentes.
As emergências surgem de situações inesperadas, pelo que o sucesso na sua mitigação dependerá dos esforços efectuados a montante; em primeiro lugar nas medidas de prevenção (trabalhadores formados, informados e educados) e em segundo lugar na capacidade de previsão e controlo.
Aspetos como a notificação da família acerca da ocorrência do acidente devem ser trabalhados e não deixados ao acaso. O apoio dado aos trabalhadores envolvidos no acidente de trabalho, bem como às suas famílias deve prolongar-se e não ser apenas um apoio imediato.
A participação cívica tem consequências positivas nos jovens, ao nível da saúde mental, bem-estar, redução da ansiedade e stresse, diminuição de comportamentos antissociais, autoeficácia, esperança, otimismo, autoconfiança, autoestima e satisfação com as atividades diárias.
SUMÁRIO 2
TRABALHO
CONSTRUÇÃO | 4
Importância da saúde e segurança na construção civil para evitar o síndrome de Burnout
Hamilton Júnior
SERVIÇOS | 8
As diferenças geracionais e a prudência, nos serviços de aviação
Natividade Gomes Augusto
INDÚSTRIA | 11
Segurança comportamental em empresas petrolíferas
Francisco Rocha Dias
SAÚDE | 14
Avaliação e percepção do risco de lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho em enfermeiros de viatura médica de emergência e reanimação
Madalena Torres, Pedro Arezes e Mónica Paz Barroso
GRANDE ENTREVISTA (Acesso gratuito)
Grande Entrevista com PAULO MARQUES AUGUSTO | 21
Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
SOCIEDADE
FAMÍLIA | 17
As crianças e as tecnologias da informação e da comunicação
Júlio Santos
ESCOLA | 19
Os professores face ao bullying: meros observadores ou intervenientes activos?
Sofia Vale de Melo Valente
SAÚDE PÚBLICA | 26
Suicídio e risco de suicídio: uma problemática de saúde pública
Susana Sobral Mendonça
AMBIENTE | 28
Factores de risco sísmico, na perspectiva leiga
Carmen Diego Gonçalves
ESTRADA | 30
Comportamento do condutor e sinistralidade: alguns números
Ana Maria Coroado e Maria João Barros
CONSIDERAÇÕES TEÓRICO-PRÁTICAS
FOTOGRAFIA EUROPEIA E NACIONAL DOS RISCOS PSICOSSOCIAIS: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO EUROPEU ÀS EMPRESAS SOBRE NOVOS RISCOS EMERGENTES | 32
Sónia P. Gonçalves e Natividade Gomes Augusto
VAMOS CONVERSAR: INFLUÊNCIA NA MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO | 36
Artur Brites dos Santos
OS RISCOS DO RISCO: TÓPICOS PARA UM MAPEAMENTO IMPRESSIVO | 39
Helder Raposo
OS COMPORTAMENTOS DE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NAS VÍTIMAS | 41
Nuno Queiroz de Andrade e Telmo Mourinho Baptista
PERTURBAÇÕES PSICOLÓGICAS ASSOCIADAS AOS ACIDENTES DE TRABALHO | 44
Sónia P. Gonçalves